quarta-feira, 4 de março de 2015
O bom amigo!!!!
Olá! meu nome é Bolota, sou o filho caçula da Dri . Sou um gato esperto, inteligente, carinhoso, brincalhão, lindo...chega!! é qualidade demais para um felino, né? Só que não! eu sou tudo isso mesmo!
Bem, deixe-me contar como vim parar nessa família : eu era um gato de rua, na verdade, não me lembro se tive outros humanos antes...alguém contou pra minha mamys que eu fui abandonado, por uma família que se mudou do prédio. Em todo o caso, vou contar da parte que me recordo.
Eu vivia nas dependências do condomínio que minha mamys e sua família moram, junto com outros cães e gatos abandonados. Dependia da solidariedade das pessoas para me alimentar e quando não, comia do lixo mesmo. Passava frio , tomava chuva, era chutado pelas pessoas ignorantes que não gostam de gatos, pessoas que acham que somos do mal, damos azar, essas besteiras todas...
As crianças também me batiam, puxavam meu rabo e ás vezes até me xingavam. Aliás, eu acho que as crianças deveriam ser educadas para respeitar mais a natureza e os animais. Isso sem contar as corridas que eu dava para fugir dos cães. De tanto medo, mal conseguia dormir!
Felizmente, existiam humanos, humanos de verdade, que me alimentavam de vez em quando. Uma dessas pessoas foi uma senhora que adorava gatos (tinha quatro). Ela colocava ração na porta dela pra mim todos os dias. Então. á partir daquele momento, me senti feliz e protegido, Essa senhora até queria me adotar, mas não o fez porque, como já disse, tinha quatro gatos no apartamento e como somos independentes e ciumentos, ela receiou que os gatos dela e eu não nos entenderíamos. O tempo foi passando e eu acabei me instalando no hall do prédio. A senhora colocava a ração, eu me alimentava e acabava dormindo no capacho do apartamento da minha mamys que era do lado. Fazia isso todos os dias. Me lembro uma vez que , fugindo de uns cães, isso mesmo, eram três, corri para a porta da minha mamys e subi na janela do hall. Ela escutou, abriu a porta e pôs os três para correr. Nunca me senti tão feliz e agradecido!
Então pensei, por que não? e continuei a dormir no capacho dela. Ás vezes, pela manhâ ao sair para o trabalho, me via dormindo e comentava: " que fofo!", me sentia todo orgulhoso! detalhe: ela não me tirava de lá!
Estava eu, como sempre no hall, quando minha mamys e meu papys chegaram do mercado. Então, meu papys que também gosta de gatos, começou a brincar comigo ...não pensei duas vezes! assim que eles abriram a porta, corri para dentro do apartamento e me escondi debaixo do sofá. Desse dia em diante, ganhei uma família. Claro, tivemos alguns problemas de adaptação : eu por viver na rua, ter sido maltratado, me tornei um gato arisco, não me deixava acariciar, arranhava tudo e todos, era briguento, o que deixava minha mamys assustada, pois ela nunca tinha cuidado de um gato antes, só teve cachorros. Ficava brava comigo, quase me deu para adoção porque achou que não conseguiria cuidar de mim direito...coisa de mamys de primeira viagem...
A vizinha até arrumou uma família pra me adotar, mas felizmente, o coração de mamys falou mais alto e ela não me deixou ir e á partir desse dia, começamos a nos entender. Hoje eu tenho ração das melhores, carinho, proteção, durmo onde e quando quiser, adoro uma caixa de papelão, aliás, depois que fui adotado, durmo por horas, o sono dos deuses... todos nesta casa me amam, sou o rei do pedaço!
Vocês devem estar se perguntando: "e você os ama?" eu respondo: alguns humanos acreditam que gatos não possuem sentimentos, não gostam do dono e sim da casa, mas isso não é verdade...os cães demonstram carinho, abanando o rabo, pulando no dono,latindo, etc. Nós, os gatos, somos mais discretos, silenciosos, demonstramos, sim, carinho, mas só quem tem alma e coração sensíveis consegue perceber... eu emito um som quando sou acariciado: o ronronar. E é através do meu ronron que minha família sabe o quanto os amo e sou agradecido!!!
Lambeijos do Bolota, o bom amigo!!!
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