sábado, 7 de março de 2015

Vende-se

Renato acordou, olhou para o relógio: seis horas da manhã. Espreguiçou-se.
Sentou na cama, calçou os chinelos, deu mais uma espreguiçada e foi para a cozinha:
- Que cheiro bom! disse ele dando um beijo em Fernanda com quem é casado há doze anos.
Vinicius,  dez anos,, filho do casal, também veio se juntar á mesa com os pais.
- O pão está quentinho...disse Fernanda ao marido.
Conversavam enquanto tomavam o café:
- Dormiu bem, amor? perguntou Fernanda ao marido.
- sim. respondeu ele. -até sonhei, mas não consigo me lembrar do sonho...
A mulher deu um sorriso:
-Não se preocupe, isso sempre acontece comigo...quase nunca me lembro do sonho.
Depois do café, todos se arrumaram para sair.
Renato foi até a garagem de onde tirou o carro. Fernanda e Vinicius entraram e seguiram.
Como de costume,  deixou a esposa no trabalho(recepcionista de uma clínica de estética), o filho na escola e foi para a corretora de seguros onde trabalha há 6 anos.
No caminho, passando por uma rua residencial, havia uma linda casa amarela, com um belo jardim e uma maravilhosa varanda. Era de encher os olhos...
Renato, poderia fazer outro caminho, mas fazia questão de passar naquela rua só para ver a casa.
" Um dia ela será minha".pensava. A casa estava á venda.
O dia transcorreu normalmente, Renato fechou alguns contratos e ao final do expediente, voltou para casa. Fez o mesmo trajeto, passando pela casa amarela.
No dia seguinte, passando pela casa, notou a presença de um corretor. Foi falar com ele:
- Bom dia!.  disse. - o senhor poderia me informar o valor deste imóvel?
O corretor, então, convidou-o para conhecer as dependências da casa.
Era mesmo uma casa magnífica! três quartos, sala para três ambientes, cozinha ampla, piscina, churrasqueira e muito espaço
- Os proprietários vão morar nos Estados Unidos e estão com pressa de vender a casa. Por esse motivo, o valor está muito baixo. disse o corretor.
_ Quanto? perguntou Renato. -
- Quinhentos mil reais. respondeu o corretor.
Renato arregalou os olhos... isso era um milagre! era exatamente a quantia que ele tinha no banco.., dinheiro esse economizado por ele e sua esposa com muito sacrifício.
Ele então pediu ao corretor que segurasse a casa, pois tinha esse dinheiro e pagaria á vista, e além do mais precisaria falar com sua esposa e filho:
- Só poderei esperar um dia, caso o senhor desista do negócio, por favor me avise, disse o corretor lhe entregando um cartão.
Renato voltou correndo para casa. De tão ansioso quase provoca um acidente com um caminhão que vinha na direção contrária.
Ao chegar em casa, contou á família sobre o imóvel... do acidente, preferiu se calar.
Fernanda concordou com a compra.  Todos ficaram muito felizes.
Renato ligou imediatamente para o corretor, marcando um visita para a manhã seguinte.
No dia seguinte, foram visitar a casa. Fernanda e Vinicius amaram principalmente a piscina que era o sonho do filho. Fecharam o negócio.
Mudaram-se no sábado e no domingo fizeram um churrasco para inaugurar a casa nova. Todos os amigos e parentes estavam lá.
" Mais um sonho realizado". pensou ele que não cabia em si de tanta felicidade.
A festa acabou, todos foram embora:
- Deixa tudo aí que amanhã arrumamos...é feriado mesmo. disse Renato á esposa. Foram dormir.
Dia seguinte, feriado, após limpar e arrumar a bagunça da festa, Renato, Fernanda e Vinicius, passaram o dia na piscina.
Seis horas, Renato acordou, deu sua espreguiçada matinal, virou-se e abraçando sua esposa todo feliz, disse:
- Bom dia, querida! está feliz?
Ela respondeu:
- Sim, amor! estou muito feliz!
Renato deu um beijo na esposa e se levantou. Dormira bem, mas acordou  se sentindo diferente.
E lá se foram eles para a rotina de sempre: Renato deixou a esposa no trabalho, o filho na escola e seguiu.
No caminho, teve uma sensação estranha, uma espécie de pressentimento.
Virou uma rua e...o susto foi inevitável: quase atropelou um cachorro. Felizmente, não houve nada de mais grave.
Assustado, Renato parou o carro, respirou fundo, começou a olhar as casas ao redor...de repente, fixou o olhar e  sorriu... lá estava ela...a linda casa amarela ainda com a placa de vende-se.


Por Adriana Bermal





Era uma vez um vestido

- Quando?no sábado? a que horas?ok, estarei lá sem falta. Obrigada pelo convite!
Loretta desligou o telefone e foi toda saltitante e feliz contar a novidade á sua mãe.
- Mamãe! mamãe! gritou.
- O que aconteceu , Loretta? perguntou d.Rita que assustada quase derrubou o prato que estava lavando.
-Fui convidada para um baile típico dos anos 60, no sábado! respondeu Loretta ainda saltitante.
Dona Rita era uma mulher muito guerreira, diarista, abandonada pelo marido, cuidava da filha sozinha.
- Tá bom, mas com que roupa você vai ? perguntou á filha.
- Eu dou um jeito. respondeu Loretta,
- Que droga! reclamou a garota diante do armário. - Não tenho nada para vestir. indagou.
-Bem, resolvo isso amanhã.
Era quarta feira e Loretta acordou cedo como sempre para ir á escola.
Na escola o assunto era o mesmo: o baile.
Assim que chegou na escola, Rose, sua melhor amiga, veio ao seu encontro:
- Você irá ao baile? Já tem vestido?
Loretta explicou a situação á amiga que também ficou bastante chateada.
Na saída da escola, as duas  decidiram visitar alguma lojas para pesquisar preços.
Pararam em frente á uma loja muito refinada do bairro :
-Que coisa mais fofa, amiga! comentou Loretta.
-Lindo mesmo! disse Rose.
Sem tirar os olhos do vestido, a garota diz á amiga:
- Vamos perguntar o preço.
Era um vestido bem ao estilo anos 60, azul com bolinhas brancas, tomara que caia, bem rodado. Loretta já se imaginava com ele.
- Em que posso ajudá-las? perguntou a vendedora assim que entraram na loja. As garotas então, perguntaram o preço e quase caíram para trás...eram tantos zeros que nem conseguiam imaginar.
A vendedora ainda acrescentou:
- Este é um modelo exclusivo, só foram confeccionadas duas peças...esse é o último!
Chateada, Loretta volta para casa e conta o acontecido á sua mãe:
-Meu Deus!! é muito dinheiro, eu não tenho como comprar.
Não restou outra alternativa a não ser se conformar...
Na quinta feira, ainda chateada, a garota foi á escola.
-E aí, Cinderela, já comprou o vestido ou desistiu do baile? o que não seria má idéia...disse Soraia, uma patricinha mimada que não gostava de Loretta e fazia questão de perturbá-la.
A garota volta para casa, se tranca no quarto e desaba a chorar:
- Filha, abra a porta, preciso falar com você.
Loretta enxugou as lágrimas e abriu a porta para sua mãe que eufórica lhe disse:
-se arrume que vamos comprar seu vestido!
-Mas como mãe, não temos dinheiro...
-Não se preocupe, consegui um empréstimo no banco. Agora vamos logo antes que eu desista.
Mais do que depressa, a garota se recompôs e foi com d.Rita á loja.
Em frente ao espelho, Loretta se olha admirada, o vestido lhe caiu perfeitamente bem. Com os cabelos presos num rabo de cavalo com uma fita na cor do vestido, brincos de pérola, maquiada, só faltou um pequeno detalhe: o perfume. Pronto, podia ir.
Rose chegou, também estava muito bonita.
Loretta agradecida, se despediu da mãe que emocionada lhe disse:
-Você está linda, minha filha! será a mais bonita do baile!
As duas amigas chegaram ao salão e parece que sua mãe estava certa...todos a olhavam admirados.
Loretta nunca havia se sentido tão linda! mal podia acreditar!
Estava tão anestesiada que nem percebeu que Rose se afastou para conversar com outras colegas. Ficou parada no meio do salão, se sentindo nas nuvens.
-Que palhaçada é essa?
Loretta, assustou-se, se virou e caiu no chão...havia sido empurrada.
Levantou-se com a ajuda da amiga Rose e ainda meio zonza, olhou ao redor. Então, viu Soraia toda nervosa. Olhou-a dos pés á cabeça...Soraia usava um vestido igual ao dela.
Lembrou-se da vendedora: "É um vestido exclusivo, só foram confeccionadas duas peças..."
Sem jeito, Loretta percebeu o  olhar de pena das pessoas no baile.
Então, começou a contar em seus pensamentos: " 1,2,3". Mal podia acreditar no que seus olhos viram.. eram três vestidos "exclusivos" iguais ao dela.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Olha só quem eu encontrei!!!!

Antes de ler esse texto, leia este pra entender:
http://adrianabermal.blogspot.com.br/2015/03/sophie.html


A vida é mesmo surpreendente!!
Como faço todas as terças feiras, coloquei as roupas na máquina de lavar. Enquanto isso, tomei meu café com leite acompanhado de um pedaço de bolo de chocolate (meu preferido).
Lavei a louça. passei um pano com desinfetante de lavanda na cozinha e em seguida, fui para os outros cômodos da casa.
Segui fielmente minha rotina de dona de casa: arrumar as camas, varrer, tirar o pó dos móveis, etc...tarefas essas que só quem é do lar como eu sabe o que significa.
Casa limpa, hora de checar meus e-mails, o que faço diariamente. Não havia nada de importante ou diferente, só promoções de lojas e propagandas.
Fui até a portaria para ver se tinha correspondências:
- Bom dia, sr. José! Eu disse ao porteiro.
- Bom dia, senhora! me respondeu ele com um sorriso.
- Chegou alguma correspondência pra mim? perguntei
- Nada demais, só as contas de sempre. Me respondeu.
O sr.José trabalha há mais de dez anos neste condomínio. É um senhor de meia idade, estatura baixa, grisalho, super educado e atencioso com todos.
Casado, tem dois filhos com nomes de anjos: Gabriel e Rafael.
Gabriel é formado em administração e Rafael está no 4º semestre do curso de direito. Como ele mesmo me contou, todo orgulhoso!
- Obrigada! agradeci assim que ele me entregou as correspondências. Voltei para meu apartamento.
" Nossa, como o tempo passa rápido", Já eram 11:45h e eu ainda não tinha começado a preparar o almoço.
O telefone tocou:
- Alô! atendi
- Oi, querida! do outro lado uma voz conhecida: meu marido
-Eu tô ligando pra avisar que vou almoçar em casa, ok?
-Ok! respondi já entrando em pânico.
Desliguei e corri para a cozinha. Precisava preparar algo rápido...felizmente, já tinha arroz e feijão prontos.
Abri a geladeira e fiquei pensando no que fazer: " Hum" pensei "bife, batata frita e salada" Perfeito!
Então, peguei os bifes que já estavam temperados, as batatas congeladas (era só fritar) e...cadê a salada?
Eu tinha pouco tempo e, não tendo mercearias por perto, o jeito foi ir ao mercado.
O mercado fica a uns três minutos de casa.
Desci a rua correndo, entrei no mercado e fui direto á sessão de hortifrúti.
Peguei alface e tomates e me dirigi rapidamente ao caixa. Haviam umas três pessoas na minha frente, mas o atendimento foi rápido.
Com as compras na mão, fui andando em direção á saída.
- Opaa!!! gritei.
Olhei para baixo, uma criança na faixa de 4 a 5 anos, correndo feito louca, esbarrou em mim e quase me derrubou. Esta agora me olhava com um sorriso amedrontado.
- Desculpe, senhora. Ela está impossível hoje! me disse uma mulher, provavelmente a mãe.
- Tudo bem! respondi. São coisas de criança!
Nesse momento, a criança voltou a correr e a mulher gritou:
- Volte aqui agora, Sophie Lorraine !

quinta-feira, 5 de março de 2015

Sophie ?

Levantei-me por volta das 6:20h da manhâ, meu marido levantou-se um pouco depois. Entâo, como de costume, arrumei a cama, me troquei, fiz o café e acordei meus filhos.
Meu marido não se sentiu muito bem no dia anterior e resolveu ir ao médico, fui acompanhá-lo.
Saímos de casa por volta das 7:15h, levamos nossa filha até o ponto de ônibus e assim que ela se foi, seguimos para o consultório que fica próximo de nossa casa...decidimos caminhar. O único inconveniente é que um pedaço da calçada está toda ruim, cheia de buracos e obstáculos, quase impossível de se trafegar... eu mesma virei o pé várias vezes, por sorte não me machuquei.
No caminho fomos conversando sobre vários assuntos, incluindo a calçada, é claro!
Chegamos ao consultório ás 8:00h. O atendimento foi rápido...meu marido passou pela enfermaria para medir a pressão e fazer um dextro (um exame para medir a taxa de açúcar no sangue) e fomos para a sala de espera onde havia bastante gente aguardando.
Como eu já sabia que teria que esperar, levei um livro para me distrair.
Haviam duas portas:  uma do clínico geral e a outra da pediatria...crianças correndo e chorando o tempo todo.
Sentamos, abri meu livro e comecei a viajar na história. Alguns minutos depois, os pacientes começaram a ser chamados.
De repente, a pediatra, uma mulher que me pareceu bastante simpática e atenciosa, chamou uma criança: - Sophie Lorraine! ninguém apareceu e então ela repetiu: - Sophie Lorraine! . Nada.
Aquele nome por algum motivo que não sei explicar, chamou minha atenção...achei um nome bonito, forte, digno de uma princesa : "Sophie Lorraine".
Olhei em volta para ver se a via,  Algumas crianças brincavam num canto e eu me perguntava quem seria a Sophie? Imaginei uma garotinha de olhinhos espertos, inteligente, curiosa como toda criança, com idade de 4 a 6 anos, brincando e dando ordens ás outras crianças como uma verdadeira líder...
mas, pode ser que a Sophie seja uma criança tímida, quieta, que não gosta de muito contato com outras crianças... sei lá!
Bem, enquanto me perdia em meus pensamentos, meu marido foi chamado. Depois de alguns minutos saiu do consultório. Felizmente, estava tudo bem com ele, mas o médico pediu que ele fizesse um chek up geral para ver como anda sua saúde.
Então. voltamos para casa. Fiquei aliviada pelo meu marido, mas ainda curiosa pra saber quem é aquela garotinha cujo nome me chamou tanta atenção? Quem será Sophie Lorraine?

Por Adriana Bermal

quarta-feira, 4 de março de 2015

Acabou o carnaval! Feliz ano novo!!!

Dizem que o ano só começa depois do carnaval, não é mesmo?
Então, feliz ano novo!! que tal reavivar aquele velho sonho? tirar do papel aquele projeto da casa no va do novo emprego? ou mesmo investir em algo pra você?
Cortar os cabelos, mudar os cabelos, sei lá! Faça alguma coisa por você, mas faça já!
Eu aqui com esse blá blá blá todo, meio clichê, então vem o pessimista e diz: "Pára com isso, estamos em Março, daqui há pouco chega a páscoa, dia das mães, dos pais, das crianças, Tiradentes,Natal e...acabou o ano de novo" e o otimista retruca:  "Pára você, ainda temos 9 meses pela frente, uma gestação inteira...ainda dá tempo pra fazer muita coisa".
Pois é, a quem você dará ouvidos? você como o pessimista, também acha que o ano tá passando rápido demais e não há mais o que fazer? ou está do lado do otimista e resolveu arregaçar as mangas e lutar?
Na verdade, primeiro ouça seu coração, reflita bastante e então decida que caminho quer tomar. Se o caminho das pedras ou das flores...Uma dica: o caminho das pedras é difícil, doloroso, pode fazer você cair várias vezes e até se machucar, mas depois de passar por todo o sofrimento, com certeza você se sentirá bem mais feliz do que aquele que escolheu o caminho das flores. Deixo vocês com uma frase que gosto muito e que leio toda vez que penso em desisitr:


"Qualquer que seja a dificuldade esforce-se pacientemente até obter resultados, jamais perca a esperança. Saiba o tempo que está vivendo, saiba criar novos tempos e saiba esperar o tempo adequado, com toda certeza surgirá o tempo oportuno para a vitória." 
Daisaku Ikeda. Beijinhos!!

O bom amigo!!!!

     







Olá! meu nome é Bolota, sou o filho caçula da Dri . Sou um gato esperto, inteligente, carinhoso, brincalhão, lindo...chega!! é qualidade demais para um felino, né? Só que não! eu sou tudo isso mesmo!
Bem, deixe-me contar como vim parar nessa família : eu era um gato de rua, na verdade, não me lembro se tive outros humanos antes...alguém contou pra minha mamys que eu fui abandonado, por uma família que se mudou do prédio. Em todo o caso, vou contar da parte que me recordo.
Eu vivia nas dependências do condomínio que minha mamys e sua família moram, junto com outros cães e gatos abandonados. Dependia da solidariedade das pessoas para me alimentar e quando não,  comia do lixo mesmo. Passava frio , tomava chuva, era chutado pelas pessoas ignorantes que não gostam de gatos, pessoas que acham que somos do mal, damos azar, essas besteiras todas...
As crianças também me batiam, puxavam meu rabo e ás vezes até me xingavam. Aliás, eu acho que as crianças deveriam ser educadas para respeitar mais a natureza e os animais. Isso sem contar as corridas que eu dava para fugir dos cães. De tanto medo, mal conseguia dormir!
Felizmente, existiam humanos, humanos de verdade, que me alimentavam de vez em quando. Uma dessas pessoas foi uma senhora que adorava gatos (tinha quatro). Ela colocava ração na porta dela pra mim todos os dias. Então. á partir daquele momento, me senti feliz e protegido, Essa senhora até queria me adotar, mas não o fez porque, como já disse, tinha quatro gatos no apartamento e como somos independentes e ciumentos, ela receiou que os gatos dela e eu não nos entenderíamos. O tempo foi passando e eu acabei me instalando no hall do prédio. A senhora colocava a ração, eu me alimentava e acabava dormindo no capacho do apartamento da minha mamys que era do lado. Fazia isso todos os dias. Me lembro uma vez que , fugindo de uns cães, isso mesmo, eram três, corri para a porta da minha mamys e subi na janela do hall. Ela escutou, abriu a porta e pôs os três para correr. Nunca me senti tão feliz e agradecido!
Então pensei, por que não? e continuei a dormir no capacho dela. Ás vezes, pela manhâ ao sair para o trabalho, me via dormindo e comentava: " que fofo!", me sentia todo orgulhoso! detalhe: ela não me tirava de lá!
Estava eu, como sempre no hall, quando minha mamys e meu papys chegaram do mercado. Então, meu papys que também gosta de gatos, começou a brincar comigo ...não pensei duas vezes! assim que eles abriram a porta, corri para dentro do apartamento e me escondi debaixo do sofá. Desse dia em diante, ganhei uma família. Claro, tivemos alguns problemas de adaptação : eu por viver na rua, ter sido maltratado, me tornei um gato arisco, não me deixava acariciar, arranhava tudo e todos, era briguento, o que deixava minha mamys assustada, pois ela nunca tinha cuidado de um gato antes, só teve cachorros. Ficava brava comigo, quase me deu para adoção porque achou que não conseguiria cuidar de mim direito...coisa de mamys de primeira viagem...
A vizinha até arrumou uma família pra me adotar, mas felizmente, o coração de mamys falou mais alto e ela não me deixou ir e á partir desse dia, começamos a nos entender. Hoje eu tenho ração das melhores, carinho, proteção, durmo onde e quando quiser, adoro uma caixa de papelão, aliás, depois que fui adotado, durmo por horas, o sono dos deuses... todos nesta casa me amam, sou o rei do pedaço! 
Vocês devem estar se perguntando: "e você os ama?" eu respondo: alguns humanos acreditam que gatos não possuem sentimentos, não gostam do dono e sim da casa, mas isso não é verdade...os cães demonstram carinho, abanando o rabo, pulando no dono,latindo, etc. Nós, os gatos, somos mais discretos, silenciosos, demonstramos, sim, carinho, mas só quem tem alma e coração sensíveis consegue perceber...  eu emito um som quando sou acariciado: o ronronar. E é através do meu ronron que minha família sabe o quanto os amo e sou agradecido!!! 


Lambeijos do Bolota, o bom amigo!!!